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terça-feira, 20 de novembro de 2012

ARPCA - Feliz Aniversário


No dia 24 de Novembro de 2009, um grupo de “Jovens-Seniores”, muito corajoso e altruísta, decidiu que era tempo de se unirem por uma causa filantrópica (amor à humanidade, ainda que, na circunstância, uma humanidade restrita à condição social das pessoas envolvidas e das que, posteriormente viriam e vierem a aderir). Naquela data foi constituída, oficial e legalmente a ARPCA – Associação de Reformados e Pensionistas de Caminha, conforme consta da escritura notarial para o efeito celebrada. Obrigado
Festejamos, portanto, o terceiro aniversário, com muito orgulho, com muita alegria, mas também com muita humildade e espírito de bem servir a Associação e todas as pessoas que: quer na qualidade de associadas; quer enquanto colaboradoras e beneméritas, têm servido esta instituição, com inegável espírito de dedicação, ternura e amizade mútuas. Obrigado
Cabe aqui e agora refletir nas dificuldades que, logo à partida, os seus distintos fundadores tiveram para erigir uma Associação tão complexa, quanto necessária, considerando a riqueza das suas vidas, das suas experiências, da sabedoria e prudência que cada pessoa comporta em si mesma.
É extremamente difícil a alguém envolver-se, graciosamente, em organizações que, à partida, poderão, na perspetiva de muito “Boa Gente”, não trazer quaisquer benefícios materiais, se possível, logo no curto prazo, nem influências sociais, ou de outra natureza, na sociedade. Exercer determinadas atividades apenas pelo denominado “Amor-à-Camisola” é uma atitude que nem todas as pessoas estão disponíveis para o efeito.
O associativismo gracioso que, afinal, não é assim muito diferente do voluntariado, pressupõe caraterísticas pessoais muito singulares, exige algumas qualidades indispensáveis para o bom exercício das funções, que cada associado vier a assumir.
Desde logo, alguma disponibilidade de tempo, empenho, lealdade, solidariedade, camaradagem, honestidade, profissionalismo (hoje, as exigências da sociedade e o rigor da legislação, não se compadecem com amadorismos), compreensão, tolerância e espírito de entre-ajuda. Pelo menos estes valores e condutas são muito importantes.
Mas as dificuldades em fundar e, imediatamente, assumir funções nos respetivos órgãos sociais da Associação, na circunstância, a ARPCA, são naturalmente acrescidas, porque parte-se do “zero”, sem quaisquer recursos financeiros, técnicos e infraestruturais. Valeu, neste caso concreto, a riqueza, a generosidade e a determinação dos recursos humanos, logo disponíveis e consubstanciados nos seus fundadores que, rapidamente, se transformaram em dirigentes.
A este grupo de 15 (QUINZE) magníficas pessoas, os atuais membros dos Corpos Sociais, manifestam, publicamente, o seu agradecimento e louvam a grandeza do trabalho daqueles “jovens Seniores”, bem como a coragem que então manifestaram, assim como àquelas/es associadas/os que integraram os primeiros corpos sociais. Obrigado.
Nesta breve reflexão, obviamente que outras entidades: públicas, privadas e pessoas individualmente consideradas, foram preponderantes: quer no arranque da Associação; quer depois, ao longo destes últimos três anos, sem as quais a nossa Associação, certamente, teria tido muitas mais dificuldades e, porventura, não usufruiria das belíssimas instalações que hoje servem os associados, e que são: O Centro de Convívios de Argela e o Centro Administrativo de Caminha. Obrigado
Por isso é da mais elementar justiça que se manifeste público agradecimento à Câmara Municipal de Caminha, pelo protocolo realizado com a Associação, para efeitos de utilização da ex-escola primária de Argela, onde funciona o nosso Centro de Convívios, mobiliário diverso, bem como a comparticipação nas despesas de funcionamento.
Também no que respeita à disponibilidade para os seus dirigentes nos ajudarem em permanência, assim como na participação de eventos públicos, como foi o da Feira Medieval deste ano e ainda ­ com a presença, sempre bem-vinda, de algum representante do Município, por ocasião dos nossos convívios. Obrigado.
Igualmente uma palavra de muita gratidão à Junta de Freguesia de Argela que, dentro das suas possibilidades, tem contribuído para o asseio exterior do recinto das instalações e também com a presença sempre agradável, dos seus membros, nos nossos eventos. Obrigado.
Queremos, naturalmente, deixar o nosso agradecimento à Junta de Freguesia de Caminha pela belíssima sala que nos cedeu, a um preço de aluguer que é apenas simbólico, dadas as condições e a localização de que dispõe. É o nosso Centro Administrativo. Obrigado.
Recordamos, ainda, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Caminha, pelo apoio que nos primeiros tempos nos foi dado, para a realização das nossas Assembleias Gerais e acolhimento, sempre generoso, de alguns pedidos que lhe eram dirigidos. Obrigado.
Outras Entidades e Organizações nos ajudaram a realizar alguns projetos que consideramos de grande importância, desde logo a escolarização dos Associados que assim o desejaram, através do Centro de Novas Oportunidades da GABIGERH – Vila Nova de Cerveira. Ao serviço deste projeto esteve uma vasta equipa de técnicos da GABIGERH. Cinco associadas conseguiram melhorar a sua escolaridade, perante a presença de um júri de certificação, que para o efeito se deslocou às nossas instalações em Argela. Obrigado.
O apoio informático na atualização do nosso site, tem sido um trabalho desenvolvido por um especialista nesta área, que muito tem contribuído para a divulgação das nossas atividades a nível internacional, o que constitui uma mais-valia que muito prestigia a nossa associação. Obrigado
Recordamos, ainda, a disponibilidade manifestada por um formador da Gabigerh, para ministrar formação gratuita, no domínio das Tecnologias da Informação e Comunicação – curso de iniciação à informática -, não se tendo realizado porque, entretanto, ocorreu o encerramento dos Centros de Novas Oportunidades. Obrigado.
Através de uma associada, foi feita a tentativa de se trazer a escola de dança para a Associação. Nesse sentido deslocaram-se às nossas instalações os diretores da “Jadança - Academia de Dança” que, graciosamente, fizeram uma demonstração e informaram as condições para a escola funcionar. Por dificuldades diversas, o projeto não avançou. Obrigado
Desejamos enaltecer, com muita simpatia, a pronta aceitação do convite que formulamos ao Revº Pároco de Argela para, pela primeira vez, nos trazer a Visita Pascal às nossas instalações de Argela e proceder à bênção das mesmas. Foi um momento muito alto, de intenso simbolismo e de grande respeito, que nos dignificou na nossa dimensão religiosa. Obrigado.
Também uma palavra de grande apreço pelo equipamento que nos foi oferecido pela TENSAI, cuja necessidade era evidente e que veio colmatar a nossa insuficiência na preservação de artigos deterioráveis. Obrigado.
Da Casa de Repouso do Bom Jesus dos Mareantes de Caminha foi-nos oferecido um conjunto de louça que vem em muito boa ocasião. A esta benemérita instituição, aqui fica o nosso Obrigado.
Uma palavra de apreço pelo acompanhamento que nos tem sido feito pelos Órgãos de Comunicação Social locais que, ao longo destes anos, muito têm contribuído para a divulgação da nossa Associação, bem como das atividades que se vão realizando. Obrigado
Muitas foram as instituições, organizações e pessoas: umas, associadas; outras, ainda não, que nos fizeram diversas ofertas, quer de equipamentos, quer de louças, quer de artigos de artesanato, quer comestíveis por ocasião dos nossos convívios, oferta de serviços especializados no âmbito da saúde, trabalhos de manutenção e arranjo das instalações, confeção das inigualáveis iguarias que foram sendo servidas nos convívios. A todas as pessoas que, generosa e graciosamente, ajudaram a nossa Associação, Obrigado
Para as/os nossas/os estimadas/os associadas/os vai, com muito carinho e amizade, uma sentida saudação de profunda gratidão, por tudo quanto têm feito pela Associação, pela disponibilidade que, cada uma e cada um têm manifestado, sem nunca exigirem nada em troca. Associativismo é isto mesmo: Dádiva, Abertura, Solidariedade, Amizade, Lealdade, Tolerância, Compreensão, Respeito, Camaradagem, Comunhão de Objetivos, União, Tranquilidade e Felicidade. Bem Hajam.

O Presidente da Direção da ARPCA,

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo


 

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Globalização da Inclusão


O fenómeno da exclusão, qualquer que seja a sua natureza e dimensão, manifesta-se no comportamento individual dos cidadãos excluídos. Terá origem nas políticas aprovadas e postas em vigor pelos governantes e decisores e ainda nas práticas discriminatórias de uma diversidade de dirigentes e indivíduos anónimos. Eventualmente, também, ainda que em menor número, por aqueles que se auto-excluem. As consequências da exclusão serão, igualmente, diversas e podem incluir aspectos económicos, profissionais, políticos, religiosos, culturais, entre outros.
A exclusão tácita, sub-reptícia e ilegal, além de imoral e condenável, é imposta ao cidadão sem que, na maioria das situações, ele se possa defender e lutar pelos seus direitos, de plena inclusão na sociedade, e até no mundo em que vive.
A pessoa sente-se excluída, afastada, ignorada e, quantas vezes, humilhada, sem saber o porquê de tal situação e quando procura investigar, informar-se e manifestar a sua indignação, não é atendido com a urgência e eficácia que a situação exige, nem oficial nem tecnicamente, por nenhum responsável que lhe possa valer, contribuindo para a resolução da situação e ajudando-o a integrar-se na sociedade.
A exclusão social, assim genericamente considerada por muitos altos dignitários políticos, religiosos e técnicos, das diversas áreas da sociedade organizada, abrange inúmeras pessoas em todo o mundo, sendo difícil apontar taxas percentuais, porquanto faltam critérios objetivos para definir exclusão, se se atender às suas múltiplas naturezas; além de que, um cidadão pode considerar-se excluído de uma determinada religião, mas integrado numa outra; excluído de um certo estatuto sócio-profissional, mas incluído num outro estatuto sócio-económico e assim sucessivamente.
Abordar, portanto, a exclusão social no sentido de uma situação marginalizante que prejudica a dignidade da pessoa humana, desde logo no exercício dos seus direitos e no cumprimento dos seus deveres, contrapondo-lhe, como solução e, tal como é defendido pelos mais distintos representantes da comunidade, medidas de inclusão, será o objetivo desta reflexão.
Atualmente, e muito em concreto em Portugal, milhares de cidadãos com mais de 40/45 anos de idade, são, profissionalmente, excluídos da sua actividade principal, a partir do momento em que, por razões alheias às suas vontades, passam a uma situação de desemprego.
Igualmente, um cidadão na situação de reformado, pode ficar impedido de trabalhar, por conta de outrem, ainda que noutras funções, excepto se optar pela perda de dois terços da reforma ou do novo salário, logo, nestas circunstâncias, passa ao universo dos excluídos, por muita vontade que manifeste em continuar a trabalhar.
Em algumas situações o ingresso na iniciativa privada verifica-se em condições excecionalmente recompensadoras, sob todos os aspectos, sendo exemplo disso mesmo o que nos últimos anos se tem verificado com alguns políticos.
Há, ainda, para alguns, a possibilidade de serem nomeados para elevados cargos internacionais, de natureza humanitária, com altas recompensas e prestígio, provavelmente, sem perda das remunerações de aposentação que legalmente obtiveram nos países de origem. 
A primeira década deste novo século não se iniciou com a perspectiva de profundas e melhores alterações a esta situação, que envolve cada vez um maior número de cidadãos: quer pela via do desemprego; quer pela evolução das tecnologias; quer pelo avanço da idade.
Desempregados e aposentados são, na era dos maiores avanços científicos e tecnológicos, como que duas novas categorias ou classes sociais, porém, vistas pelo lado mais negativo e pessimista, porque nem uns nem outros têm grandes possibilidades de trabalhar, nas suas atividades profissionais e em ocupações que lhes deem prazer, maior realização pessoal e manutenção e/ou aumento dos seus rendimentos, respetivamente.
Neste contexto, em rápida transformação, caberá às políticas sociais, sob orientação estatal, mas também privada, no âmbito da educação e formação, dotar os cidadãos para o prosseguimento de uma vida ativa para a qual se exige formação adequada, como estratégia para situações verdadeiramente desumanas e que «são a consequência imediata da emergência de novos paradigmas sociais, económicos e culturais: aprender sem idade (…); respostas formativas a cinco grandes desafios da nova ordem internacional a saber: interdependência e concorrência global, ritmo de difusão das novas tecnologias, nova organização do trabalho, cidadania ativa, sociedades inclusivas.» (CARNEIRO, 2000: 257).
Uma sociedade universal inclusiva seria o objetivo final da humanidade, a partir das comunidades nacionais. Trata-se de um desafio hercúleo, que urge enfrentar e vencer, que não é impossível mas se reconhece extremamente difícil por causa dos egoísmos individuais, grupais e de comunidades mais alargadas. Mas cada um, no exercício de uma cidadania ativa, tem o dever de contribuir para aquele desígnio universal: construção de uma sociedade inclusiva ou, mais eficazmente, globalização da inclusão.

Bibliografia
 
CARNEIRO, Maria Rosário, (2000). Família: Elemento Basilar do Tecido Social, in Nova Cidadania, S. João do Estoril: Principia, Publicações Universitárias e Científicas, (5), Julho/Setembro, p. 7-9.
CARNEIRO, Roberto, (Coord.). (2000). Aprender e Trabalhar no Século XXI. Tendências e Desafios. Lisboa: Ministério do Trabalho e da Solidariedade/Direcção-Geral do Emprego e Formação Profissional.

O Presidente da Direção da ARPCA,

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo