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domingo, 26 de fevereiro de 2012

Comunidade Social

Os factos sociais constituem uma realidade que vem sendo estudada cientificamente, desde um passado tão longínquo quanto a ciência e a técnica o têm permitido, porque da história do homem se destacam acontecimentos sociais que integram uma dimensão humana, única na sua organização e desenvolvimento, que é a sociabilidade.
Conhecem-se várias organizações sociais entre as diversas espécies animais, porém, nenhuma com as características da sociedade humana. Ao longo dos séculos a humanidade tem procurado construir teorias, paradigmas, implementar práticas sociais, socializar os seus membros, visando uniformizar comportamentos, adequar posições, melhorar condutas, a partir de regras jurídicas, religiosas, sociais, associativas, policiais e tantas outras que constituem o corpo jurídico-social de um povo.
Sendo o homem um ser social, ele não consegue viver à margem da sociedade, em condições de poder desfrutar de uma vida compatível com a sua dignidade de pessoa humana e, quando em situações de marginalidade e/ou exclusão social, a sua existência assume proporções e características inumanas, em certos aspectos, sem a mínima qualidade de vida, com um nível inferior a muitos animais selvagens, até que um acontecimento mais violento o elimine desse mundo de exclusão, por via da sua morte, é preciso conceder-lhe uma nova oportunidade, que o retire daquelas situações e o integre, novamente, na sociedade organizada a que inicialmente ele pertencia.
Qualquer que seja a atividade do indivíduo, ela sempre vai contribuir, com maior ou menor incidência e impacto, na vida social do próprio e da coletividade da qual é parte integrante, eventualmente, e desde já, na família.
Importará reflectir na perspectiva social, esta entendida como a participação de cada um no todo sociável, a partir das próprias especificidades, capacidades, habilidades e empenhamento do indivíduo e sua inserção no grupo de que faz parte, e deste com outros grupos até se estender à sociedade humana, universalmente considerada, nela se incluindo etnias, credos, religiões, ideologias, culturas, valores e filosofias de vida.
A espécie humana é só uma. O mundo em que habita não foi dado em exclusivo a esta ou àquela etnia, logo, existe o dever de solidariedade social daqueles que se fixaram em áreas territoriais mais ricas, para com os que não tiveram a mesma sorte.
Valorizar a atividade social que visa proporcionar melhores condições de vida às populações mais desfavorecidas, mais fragilizadas e mais carenciadas, será um objetivo nobre e da maior relevância de todo o indivíduo, isoladamente considerado e, principalmente, dos grupos com poderes e meios para direcionarem suas intervenções em favor dos mais vulneráveis.
Com tal intencionalidade, devem, desde já, os poderes públicos e privados, legitimamente constituídos e reconhecidos, desenvolver os programas adequados, acionar os recursos suficientes, para que a dimensão social da pessoa humana possa entrar em ação, produzindo, de imediato, as situações mínimas, dignas de uma verdadeira solidariedade e bem-estar sociais.

O Presidente da Direção da ARPCA,

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo



 

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Confraternizar

Trata-se de um valor inestimável, (também uma atividade maravilhosa), próprio de todos os seres vivos. No homem é fundamental conviver e isso é possível, nas mais diversas situações: na família, na escola, na igreja, no trabalho, na coletividade, na comunidade, enfim, na sociedade alargada.


Confraternizar é, portanto, essencial a uma vida saudável, a um bom relacionamento interpessoal, à troca de ideias, de conhecimentos, de influências diversas. Confraternizar é viver a vida com entusiasmo, com alegria, com entrega ao nosso semelhante.

Confraternizar é uma possibilidade de reconciliação entre pessoas que, por divergências distintas, sobre os mais simples ou complexos assuntos, as levaram a incompatibilidades que, à partida, não as desejavam, mas que, surgindo, entretanto, uma oportunidade, é exequível reatar a amizade, entretanto interrompida.

Confraternizar proporciona, também, a demonstração e aplicação de toda a capacidade humana para compreender, para tolerar, para perdoar, para reforçar os laços de amizade que foram postos em causa, por circunstâncias que, às vezes, não se controlam, não se dominam e muito menos se preveem.

A ARPCA – Associação de Reformados e Pensionistas de Caminha, com um espírito de lealdade, solidariedade, confiabilidade e amizade, entre todos os seus associados, familiares e amigos, vai organizar no próximo dia 21 de Fevereiro de 2012, pelas treze horas, no seu Centro de Convívio, a funcionar na Ex-Escola Primária de Argela, o seu banquete de Carnaval que, por razões óbvias, será extremamente económico: uma simples feijoada em que cada associado contribuirá com um valor acima de “três orelhas”, mas que se apela à generosidade de todos e, nesse sentido, que pelo menos cada pessoa contribua com “cinco costelinhas”.

Dadas as dificuldades em se obter “ferramenta” para toda/o/s a/o/s participantes, cada pessoa deve levar os utensílios necessários: prato, copo, talher e guardanapos. Também se aceitam sobremesas caseiras. Seria uma delícia.

Saudações muito fraternas e com uma sincera amizade para e entre todos nós, são os votos muito autênticos da/o/s organizadora/e/s deste convívio.

A Direção da ARPCA e os restantes corpos sociais desejam festas carnavalescas muito divertidas, com muita alegria, união e votos de imensa saúde para podermos realizar outros eventos, que a todos nos enobreçam.

O Presidente da Direção da ARPCA,

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo



segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Idosos: Património Axiológico

Os idosos (ou os “velhos”, como vulgar e pejorativamente são designadas as pessoas a partir de uma certa idade, tradicionalmente, a partir dos 60/65 anos), começaram a ser marginalizados precisamente, com a institucionalização de propalados argumentos de inutilidade e, ainda mais grave, invocando-se os custos sociais que eles causam ao erário público, ignorando-se que, foram eles, no seu tempo de vida activa, com as respectivas comparticipações que alimentaram o sistema.

Os idosos, tal como as gerações que se lhes seguem, (as crianças de hoje) são o melhor património humano que um país pode ter, desde logo, se os governantes, responsáveis empresariais e de outras áreas, tiverem a inteligência e a visão estratégica de saber utilizar o imenso manancial de conhecimentos, experiências, sabedoria e prudência que a maior parte dos idosos possui, independentemente das suas culturas serem de natureza intelectualizada ou antropológica.

Desprezar o valioso contributo das pessoas que, não obstante terem entrado na recta final de suas vidas, continuam válidas, disponíveis para manterem uma boa colaboração: com a sociedade em geral; com as gerações mais novas, em particular, constitui um grave erro, para além de uma mesquinha ingratidão daqueles que, de alguma forma, detêm determinado poder de decisão.

Apoia-se, portanto, uma teoria e uma prática que privilegiem os idosos, que lhes dêem a oportunidade de passarem o testemunho de vida e de saber, em condições dignas, ao longo deste período de vida que se considera o mais característico da existência do ser humano, no qual coexistem capacidades, conhecimentos, experiências, sabedoria, prudência, valores e segurança nas convicções, onde toda uma entidade se consolidou numa postura rigorosa, severa, mas também tranquila, confiante e estimulante para as gerações vindouras.

O progresso material e a felicidade espiritual da pessoa integrada numa sociedade verdadeiramente humanista passa, imperativamente, pela consideração devida aos mais velhos e a tudo o que eles representam, com sucessos e com fracassos, porque eles são a história, a língua, a cultura, as tradições, os valores, o trabalho feito que os mais novos estão a usufruir e, se possível a melhorar.

Uma primeira abordagem poderá ser desenvolvida no sentido de atender às necessidades daqueles que, por incapacidade de qualquer natureza, ou por opção própria, não podem e/ou não querem continuar na vida activa, preferindo os cuidados médico-sociais adequados, acompanhados de uma vida de reflexão, de tranquilidade e de recordações.

A educação e formação do idoso, para nesta fase da sua vida ter as melhores condições, não só para viver com melhor qualidade de vida, como também para estar à altura de transmitir às gerações mais novas, que se lhe vão seguir, todos os conhecimentos, experiências e sabedoria, constitui uma estratégia muito interessante e de grande visão político-social, porque se acredita na sua eficácia, justamente, para o bem-estar e felicidade espiritual do idoso.

Fica-se, todavia, com uma primeira reflexão sobre a importância dos idosos e a riqueza que eles representam para o bem-estar e felicidade da humanidade, porque o património que eles carregam, fruto da educação e formação que foram adquirindo ao longo da vida, das experiências vividas e sabedoria acumulada não se pode perder.

Jogar fora, por absurdos preconceitos etários, um património tão valioso quanto inimitável, significa uma visão redutora, receosa da perda de um qualquer poder, ou de não o vir a alcançar mais cedo, porque, alegada e eventualmente, haverá um idoso no caminho da progressão de um jovem.

O Presidente da Direção da ARPCA,

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo